Foto: Alex Quilice |
Frente à realidade mundial, na qual se entende a necessidade de formar indivíduos pensantes que atuem como agentes propagadores de um modo de vida responsável e sustentável, os Parques assumem papel muito importante na conscientização ambiental dos cidadãos que adentram suas matas. Os gestores dos Parques e outras categorias de manejo que permitem a visitação estão incumbidos com o desafio de garantir que esses espaços continuem permitindo a aproximação entre o homem e a natureza. Nas áreas protegidas brasileiras, o incentivo às atividades de uso público tendo em vista o maior contato dos cidadãos com o meio natural e a formação de uma mentalidade responsável, contribuirá para a consolidação de um país de habitantes mais conscientes (Faria, 2004)
“Estamos envolvidos com o novo paradigma de gestão de APs, que expressa que a dimensão humana é uma parte decisiva de qualquer estratégia para que a conservação possa chegar aos seus fins.” (Edwards, 2003 p.14), nesse sentido Jeffrey McNeely (2003 – p.21) preconiza que a sobrevivência de muitas áreas protegidas depende de maior igualdade, não só de informações como participação direta das decisões, para que o “público em geral possa receber seus benefícios e não vê-las como lugar de diversão para os ricos e pessoas que não tem interesse em comunidades locais.” Esta abordagem de McNeely foi adotada pela administração do Parque Estadual do Morro do Diabo a partir de 2005 (Popularizar para Conservar) proporcionando a reestruturação do Programa de Uso Público, com a adaptação de estratégias para se atingir os objetivos principais da UC.
“Estamos envolvidos com o novo paradigma de gestão de APs, que expressa que a dimensão humana é uma parte decisiva de qualquer estratégia para que a conservação possa chegar aos seus fins.” (Edwards, 2003 p.14), nesse sentido Jeffrey McNeely (2003 – p.21) preconiza que a sobrevivência de muitas áreas protegidas depende de maior igualdade, não só de informações como participação direta das decisões, para que o “público em geral possa receber seus benefícios e não vê-las como lugar de diversão para os ricos e pessoas que não tem interesse em comunidades locais.” Esta abordagem de McNeely foi adotada pela administração do Parque Estadual do Morro do Diabo a partir de 2005 (Popularizar para Conservar) proporcionando a reestruturação do Programa de Uso Público, com a adaptação de estratégias para se atingir os objetivos principais da UC.
HISTÓRICO E DESENVOLVIMENTO
DESCRIÇÃO DO PROGRAMA DE USO PÚBLICO DO PEMD
Desde 1989 o PEMD vem oferecendo opções de lazer, recreação e educação ambiental (campeonatos esportivos, festivais culturais, atendimento monitorado, promoção de cursos e palestras para a comunidade estudantil), com objetivo de promover uma articulação positiva na busca do envolvimento e participação comunitária. Essa integração entre o PEMD e a população tem facilitado outros processos de intervenção ou ações para a proteção da Unidade.
1986 – ocorreu um evento organizado pelos técnicos do 1988 – contratação de um profissional com dedicação integral a estruturação de atividades voltadas ao público, entretanto, a estruturação do “programa” ocorreu apenas com um foco, que era a pesquisa iniciada com Leonthopitecus chrysopygus. 1990 – encerramento do contrato do profissional e tomada de atividades por parte da nova chefia da unidade. 1992 – mudança na administração da área, onde ocorreu uma série de conflitos de gestão, levando ao cancelamento de visitas e um “fechamento” da área à comunidade. 1994 – troca de administração, onde o profissional que assumiu o cargo herdou os conflitos gerados pela gestão anterior. 1996 – aparecimento de organização não-governamental, que aproveitando as brechas existentes, dominou o gargalo existente para uso público. 1997 – o Parque Estadual do Morro do Diabo passa, extra-oficialmente a pertencer à Seção de Assis, distante 1999 – o PEMD volta a fazer parte da Seção de Reservas de Teodoro Sampaio e nova administração assume a gestão da área. Entretanto, o responsável pela Seção não estava locado na área e sim 2004 – chegada de técnico que assume a chefia do PEMD. 2005 - Após oito anos de ingerências no Programa de Uso Público ocorre o rompimento das relações institucionais, entre ONG e Instituto Florestal. Inicia-se a reestruturação do PUP PEMD. |
RESULTADOS OBTIDOS A PARTIR DE 2005
Foto: Acervo PEMD/Bosque das Mulheres 2005 |
Ocorreu um aumento de 400% na visitação a partir de 2004, com grandes variações no perfil do visitante e esta avaliação facilitou o planejamento e execução de eventos, que contou com a participação da comunidade e apoio de organizações municipais, comerciais e governamentais. Estes eventos vão desde programas especiais de férias, gincanas ecológicas locais e regionais, exposições itinerantes, programação especial para portadores de necessidades especiais, acampamentos interativos, com de encenações teatrais nas trilhas, até exposições de artesanatos, onde o foco é a paisagem e biodiversidade do PEMD. Vale destacar que os eventos planejados entre os gestores do PEMD e a comunidade passaram a fazer parte do calendário oficial do Município de Teodoro Sampaio, a partir de 2008, o que demonstra os resultados efetivos de envolvimento da comunidade na gestão do Programa de Uso Público da unidade de conservação.
Foto: Acervo PEMD |
Este ano de 2011, muitas melhorias tem sido realizadas e outras tantas estarão sendo implantadas em 2012: revitalização da trilha do Morro e construção de mirante no topo (Perceria com Ministério Público e ETH Bioenergia); implantação da Trilha dos Rastros (financiamento FEHIDRO); iluminação solar da sede; sinalização do limite aquático do PEMD, no rio Paranapanema; implantação e operação da Estrada-Parque, com novas placas educativas, estacionamento na base do Morro do Diabo, radares; instalção da área de camping, com banheiros e iluminação solar; mais brinquedos no playground infantil e início da construção do novo Centro de Visitantes, com recurso garantido pelo Fundo Ambiental do Ministério Público, na ordem de R$10 milhões.
Sem dúvida o PEMD abriu suas portas para a sociedade e esta por sua vez descobriu na área o local para o lazer em contato direto com a natureza como um prática importante para seu bem estar.
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