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terça-feira, 30 de agosto de 2011
Dia do Rio Paranapanema - consciência associada ao lazer, uma fórmula de sucesso!
No ultimo sábado (27/08) foi realizada a Campanha de Conscientização sobre o Rio Paranapanema. Foram abordados cerca de 20 barcos com pescadores com informações e distribuição de camisetas e sacolas do PEMD.
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segunda-feira, 29 de agosto de 2011
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Apresentação do Blog
Ae galera, primeiro vídeo postado no nosso canal do youtube. Video de apresentação do Blog.
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quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Uso Público: o Programa de Manejo que é a cara do PEMD
As unidades de conservação (UCs) de proteção integral tem como objetivos básicos o resguardo da integridade do ecossistema para fins educacionais, recreativos e científicos, sendo que o estabelecimento de um programa de Uso Público bem planejado pode ser ferramenta fundamental para a gestão eficaz da área (IBAMA/GTZ, 1996; Milano, 1999; Indrusiak, 2000). De modo geral, a visitação em UCs objetiva propiciar um contato maior com a natureza. Considerando que há uma grande variedade de público e oportunidades para o desenvolvimento de atividades alternativas em ambientes naturais, é necessário que concilie a satisfação do visitante, com a conservação destes ambientes (Takahashi et. al., 1997).
Algumas iniciativas internas tem sido exitosas, tais como a melhoria da infra-estrutura física, humana e técnica, que dão suporte à abertura de vagas de estágios e oportunidades de pesquisas acadêmicas. Tais pesquisas possuem finalidades dirigidas ao atendimento ao público e à investigação de aspectos relacionados aos atrativos naturais da paisagem do parque, as opiniões e sugestões (percepção) advindas do seio dos visitantes e turista da UC, avaliações da eficácia da gestão da área e a aplicação de rotinas de auditoria e certificação para o turismo, ademais do mapeamento temático expresso no Plano de Manejo, de modo tal que essas informações realimentem a gerência para que a mesma possa melhorar sua eficiência embasada em dados reais.
Com base no levantamento do perfil do visitante delinearam-se atividades direcionadas a diferentes faixas etárias , quais sejam: palestras com temas ecológicos abrangentes, tentando manter uma estreita ligação da teoria com a prática nas trilhas interpretativas, ou seja, no Centro de Visitantes os conhecimentos básicos de ecologia são transmitidos em formato áudio-visual e posteriormente se mostra na prática de forma descontraída.Sistematizou-se o monitoramento do visitante através de um banco de dados georreferenciados e avaliações periódicas de satisfação do visitante, bem como controle rigoroso no agendamento.
Foto: Alex Quilice |
Frente à realidade mundial, na qual se entende a necessidade de formar indivíduos pensantes que atuem como agentes propagadores de um modo de vida responsável e sustentável, os Parques assumem papel muito importante na conscientização ambiental dos cidadãos que adentram suas matas. Os gestores dos Parques e outras categorias de manejo que permitem a visitação estão incumbidos com o desafio de garantir que esses espaços continuem permitindo a aproximação entre o homem e a natureza. Nas áreas protegidas brasileiras, o incentivo às atividades de uso público tendo em vista o maior contato dos cidadãos com o meio natural e a formação de uma mentalidade responsável, contribuirá para a consolidação de um país de habitantes mais conscientes (Faria, 2004)
“Estamos envolvidos com o novo paradigma de gestão de APs, que expressa que a dimensão humana é uma parte decisiva de qualquer estratégia para que a conservação possa chegar aos seus fins.” (Edwards, 2003 p.14), nesse sentido Jeffrey McNeely (2003 – p.21) preconiza que a sobrevivência de muitas áreas protegidas depende de maior igualdade, não só de informações como participação direta das decisões, para que o “público em geral possa receber seus benefícios e não vê-las como lugar de diversão para os ricos e pessoas que não tem interesse em comunidades locais.” Esta abordagem de McNeely foi adotada pela administração do Parque Estadual do Morro do Diabo a partir de 2005 (Popularizar para Conservar) proporcionando a reestruturação do Programa de Uso Público, com a adaptação de estratégias para se atingir os objetivos principais da UC.
“Estamos envolvidos com o novo paradigma de gestão de APs, que expressa que a dimensão humana é uma parte decisiva de qualquer estratégia para que a conservação possa chegar aos seus fins.” (Edwards, 2003 p.14), nesse sentido Jeffrey McNeely (2003 – p.21) preconiza que a sobrevivência de muitas áreas protegidas depende de maior igualdade, não só de informações como participação direta das decisões, para que o “público em geral possa receber seus benefícios e não vê-las como lugar de diversão para os ricos e pessoas que não tem interesse em comunidades locais.” Esta abordagem de McNeely foi adotada pela administração do Parque Estadual do Morro do Diabo a partir de 2005 (Popularizar para Conservar) proporcionando a reestruturação do Programa de Uso Público, com a adaptação de estratégias para se atingir os objetivos principais da UC.
HISTÓRICO E DESENVOLVIMENTO
DESCRIÇÃO DO PROGRAMA DE USO PÚBLICO DO PEMD
Desde 1989 o PEMD vem oferecendo opções de lazer, recreação e educação ambiental (campeonatos esportivos, festivais culturais, atendimento monitorado, promoção de cursos e palestras para a comunidade estudantil), com objetivo de promover uma articulação positiva na busca do envolvimento e participação comunitária. Essa integração entre o PEMD e a população tem facilitado outros processos de intervenção ou ações para a proteção da Unidade.
1986 – ocorreu um evento organizado pelos técnicos do 1988 – contratação de um profissional com dedicação integral a estruturação de atividades voltadas ao público, entretanto, a estruturação do “programa” ocorreu apenas com um foco, que era a pesquisa iniciada com Leonthopitecus chrysopygus. 1990 – encerramento do contrato do profissional e tomada de atividades por parte da nova chefia da unidade. 1992 – mudança na administração da área, onde ocorreu uma série de conflitos de gestão, levando ao cancelamento de visitas e um “fechamento” da área à comunidade. 1994 – troca de administração, onde o profissional que assumiu o cargo herdou os conflitos gerados pela gestão anterior. 1996 – aparecimento de organização não-governamental, que aproveitando as brechas existentes, dominou o gargalo existente para uso público. 1997 – o Parque Estadual do Morro do Diabo passa, extra-oficialmente a pertencer à Seção de Assis, distante 1999 – o PEMD volta a fazer parte da Seção de Reservas de Teodoro Sampaio e nova administração assume a gestão da área. Entretanto, o responsável pela Seção não estava locado na área e sim 2004 – chegada de técnico que assume a chefia do PEMD. 2005 - Após oito anos de ingerências no Programa de Uso Público ocorre o rompimento das relações institucionais, entre ONG e Instituto Florestal. Inicia-se a reestruturação do PUP PEMD. |
RESULTADOS OBTIDOS A PARTIR DE 2005
Foto: Acervo PEMD/Bosque das Mulheres 2005 |
Ocorreu um aumento de 400% na visitação a partir de 2004, com grandes variações no perfil do visitante e esta avaliação facilitou o planejamento e execução de eventos, que contou com a participação da comunidade e apoio de organizações municipais, comerciais e governamentais. Estes eventos vão desde programas especiais de férias, gincanas ecológicas locais e regionais, exposições itinerantes, programação especial para portadores de necessidades especiais, acampamentos interativos, com de encenações teatrais nas trilhas, até exposições de artesanatos, onde o foco é a paisagem e biodiversidade do PEMD. Vale destacar que os eventos planejados entre os gestores do PEMD e a comunidade passaram a fazer parte do calendário oficial do Município de Teodoro Sampaio, a partir de 2008, o que demonstra os resultados efetivos de envolvimento da comunidade na gestão do Programa de Uso Público da unidade de conservação.
Foto: Acervo PEMD |
Este ano de 2011, muitas melhorias tem sido realizadas e outras tantas estarão sendo implantadas em 2012: revitalização da trilha do Morro e construção de mirante no topo (Perceria com Ministério Público e ETH Bioenergia); implantação da Trilha dos Rastros (financiamento FEHIDRO); iluminação solar da sede; sinalização do limite aquático do PEMD, no rio Paranapanema; implantação e operação da Estrada-Parque, com novas placas educativas, estacionamento na base do Morro do Diabo, radares; instalção da área de camping, com banheiros e iluminação solar; mais brinquedos no playground infantil e início da construção do novo Centro de Visitantes, com recurso garantido pelo Fundo Ambiental do Ministério Público, na ordem de R$10 milhões.
Sem dúvida o PEMD abriu suas portas para a sociedade e esta por sua vez descobriu na área o local para o lazer em contato direto com a natureza como um prática importante para seu bem estar.
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
As unidades de conservação são as únicas criações da civilização moderna dedicadas ao beneficio da humanidade como um todo (Dieckson)
Foto: Jairo Tardelli |
O Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) (IBAMA, 2002) define o Plano de Manejo como
documento técnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos gerais de uma Unidade de Conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias à gestão das Unidades.
Esta categoria de unidade de conservação é definida pelo SNUC como uma área essencialmente não perturbada por atividades humanas, que compreenda características e ou espécies da flora ou fauna de significado científico. O tamanho está relacionado com a superfície que se requer para proteger os valores científicos em questão. Os objetivos de manejo são os de proteção à natureza (espécies ou comunidades) e manutenção do processo em um estado sem perturbações, visando proteger amostras ecológicas representativas do meio ambiente natural para estudos científicos, monitoramento ambiental, educação científica e para manter recursos genéticos em um dinâmico e evolucionário estágio.
Foto: Helder H. de Faria |
Acesse o Plano de Manejo completo do Parque Estadual do Morro do Diabo. É informação ambiental pública e de qualidade.
70 anos de Conservação
Um tesouro de biodiversidade é o Parque Estadual do Morro do Diabo, com mais de 35 mil hectares contínuos de Mata Atlântica, cercado de um grande rio - o Paranapanema e repleto de espécies vegetais de animais de grande importância para o ciclo da vida.
A relativamente grande extensão da área do PEMD e seu bom estado de conservação permitem a ocorrência de importantes espécies da fauna, algumas citadas em listas de animais brasileiros ameaçados de extinção, como a anta (Tapirus terrestris), a queixada (Tayassu pecari), o bugio (Alouatta fusca), o puma (Puma concolor), a onça-pintada (Panthera onca) e outros felinos. A espécie bandeira que o habita é o mico-leão-preto (Leontopithecus chrysopygus), até pouco tempo considerada um dos primatas mais fortemente ameaçado de extinção do planeta e que no parque possui sua maior população na natureza. Também as mais de 280 espécies de aves e 450 de lepidópteros devem ser citadas, pois encerram uma fantástica diversidade.
Apesar da rica diversidade conhecida, a lista faunística do Parque ainda é incompleta, como se denota com a descoberta recente de uma espécie nova de bagrinho (Trichomycterus sp.), endêmica dos seus límpidos córregos, além de cinco espécies de aves e nove da herpetofauna que não haviam sido registradas anteriormente.
A região do Pontal do Paranapanema, e, por conseguinte, do PEMD, está incluída nos limites do Decreto 750 (BRASIL, Leis, decretos, etc., 2000), que define legalmente a existência e os domínios da Mata Atlântica. É também região prioritária para a conservação, por sua extrema importância biológica, declarada no workshop “Avaliação e Ações Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade da Mata Atlântica e Campos Sulinos” e pelo renomado projeto que estudou a biodiversidade paulista, o ‘Biota-Fapesp’. É uma das áreas núcleos da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica Brasileira, designado em 2002.
Conservar o PEMD é conservar direta ou indiretamente os diversos fragmentos de mata ao redor da UC, cujos tamanhos variam desde manchas com menos de 100 hectares a até alguns com cerca de 2.000 ha , que já foram inclusive transformados em Estação Ecológica federal. O parque é exemplo motivador para a recuperação de áreas degradadas, áreas de preservação permanente e implantação de corredores ecológicos, políticas e atividades que de fato já são implementadas por usinas de álcool do entorno, empresas, prefeituras e ong’s. É combustível para uma série de lutas e conquistas ambientais regionais para acrescer a cobertura vegetal da região do Pontal, que hoje se encontra em torno de apenas 5% da cobertura original.
Considerando-se todas as suas características e potencialidades, pode-se dizer que o PEMD exerce influência ecológica, cultural, social, histórica, paisagística e econômica de grande relevância na região em que se insere. O Parque é um orgulho da população, principalmente porque é um dos poucos motivos de notícias positivas que essa região tão conflituosa produz na mídia. Além disso, a área do Parque possibilita ao município arrecadação proveniente do ICMS ecológico. Em última instância, o PEMD é fonte de saber, de inspiração e de renovação do espírito humano.
Estamos diante da maior amostra de Floresta Estacional Semidecidual do país, inserida nos domínios morfoclimáticos da Mata Atlântica brasileira. Originalmente a FES cobria parte dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná, a partir da faixa oeste das montanhas costeiras e, por este motivo, alguns autores a denominam Mata Atlântica de Interior, um dos ecossistemas terrestres mais ameaçados do mundo. Dentro deste contexto encontra-se o PEMD e os fragmentos que o rodeiam.
Foto: Alex Quilice |
Foto: Alex Quilice |
Foto: Jairo Tardelli |
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